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Flora's Sacrifice Might Be the Greatest Moment in All of “Berserk”

In such a great story, to pick the greatest moment so swiftly is bound to be wrong. Then again, in such a great story, to pick any given moment as its greatest is always a safe bet. I'll pick this moment now but tomorrow I might give you five different ones. That is because this story in particular, what with all its monsters and the sheer violence they go around inflicting, it seems to me actually has its greatest moments in the details, in the quiet times, quiet but not necessarily peaceful, because there's still a whole lot of torment going on within the characters' spirits. For example, you have young Guts looking over the bonfire of dreams, you have Captain of the Raiders Guts defeating Griffith and walking away to forge his own path, you have Black Swordsman Gus inspiring Farnese to pick up a sword with which to fight off monsters in the night, and so on. Most of those great moments would include Guts of course, but it is a testament to Kentarō Miura's genius that...

My Personal Interpretation of Robert Frost's “Stopping by Woods on a Snowy Evening”

My favorite portuguese poet of all time is a pretty easy guess, and a man about whom I've written quite a bit already. But maybe my favorite poet of all time is Robert Frost, a man about whom I've written a little bit less but whose work I greatly admire all the same. I read his poems at the tail-end of a pretty horrible summer, which is funny because most of his poems, or at least the most beautiful ones to me, always capture the stark beauty of winter and autumn. My November Guest does so, with the beauty of an autumn day possessing the poet's state of mind, and The Road Not Taken, arguably one of the most recognizable poems of all time, leaving us with that lingering what-could-have-been sensation when we're at a crossroads, but not during a summer as it is so often the case, and as it is so often the case with me, but of an autumn and winter, amidst the yellowing leaves of a nearby woods wherein the poet wrote, or at least came up with, his masterpiece. And now t...

A Minha Interpretação Pessoal do Trecho 397 do “Livro do Desassossego” de Bernardo Soares

Fim, ou pelo menos é assim que me parece agora, porque na verdade o fim é só um. No entanto sempre pensei por ciclos, e neste sentido acabar agora esta série de cinco artigos sobre o Fernando Pessoa, que na verdade é a terceira série de cinco neste blogue, leva-me agora a concluir que terminei uma fase da minha vida, a partir da qual há de começar uma nova. Mas não sei como é que isso faz sentido exceto que não consigo deixar de pensar assim. Por exemplo, quando eu estava no sexto ano de escola, no último dia de aulas decidi gastar todo o dinheiro que tinha no cartão eletrónico, precisamente por ser o último dia pensei, que diferença faz? Mas depois de três breves meses de verão voltei à escola e encontrei os mesmos dois ou três cêntimos ali guardados, e encontrei uma nova necessidade de carregar o cartão, uma necessidade que eu não teria caso não tivesse gastado tudo só por gastar... Enfim, porque é que digo isto? Em parte porque tal como disse antes estou cansado de introduções para...

A Minha Interpretação Pessoal de “Uma Após Uma as Ondas Apressadas” de Ricardo Reis

É sempre um bocadinho estranho pensar em Ricardo Reis logo a seguir a Álvaro de Campos, mas foi essa a ordem que escolhi há já muito tempo e é nessa ordem que agora continuo. É estranho porque implica passar de um poeta tão aceso e aleatório para um poeta sóbrio e calmo, mas também por outro lado talvez isso faz algum sentido como uma pausa antes de passar para o Livro do Desassossego. E quanto a este Reis em si também ele foi o meu heterónimo favorito porque em tempos foram todos, acho que sempre alternei constantemente. O motivo para favorecer Reis foi o seu estoicismo e epicurismo, duas correntes filosóficas que aprovei e que tentei adotar relativamente cedo no meu percurso filosófico, se é que a palavra ainda se aplica ou alguma vez se aplicou... Só que hoje em dia já não sei, acho que ironicamente até o estoicismo tem qualquer coisa de estranho, como que uma aceitação tácita do pessimismo, mas hei de escrever mais sobre isso qualquer dia. Por agora ocorre-me apenas uma coisa, qu...

A Minha Interpretação Pessoal de “Acordo de Noite” de Álvaro de Campos

Não me apetece escrever isto, não, por qualquer motivo não me apetece mesmo nada escrever isto... Mas devia-me apetecer porque este heterónimo é o mais interessante ou talvez o meu favorito, se bem que eu próprio seja muito inconsistente em relação a isso, até porque sou inconsistente em relação a muitas coisas. Talvez a única consistência da natureza humana seja a natureza humana ser inconsistente... Mas enfim, quanto a este poema escolhi-o há já algum tempo, tal como disse antes quando decidi desfazer-me dos meus livros de Fernando Pessoa. Este livro em particular de Álvaro de Campos, assim como o de Ricardo Reis, lembro-me vivamente de o ter comprado quando estava no primeiro ano da universidade, numa tarde de chuva quando depois da aula fui a uma livraria com um amigo. Já não penso muito nesse meu amigo, tenho só uma vaga ideia do que é feito dele. Só sei, porque não posso senão saber, que entretanto aconteceram muitas mais coisas na vida dele do que na minha, e por isso a memória...

A Minha Interpretação Pessoal de “Se Eu Morrer Novo” de Alberto Caeiro

Em continuação com o artigo anterior, que foi o meu décimo primeiro artigo sobre Fernando Pessoa aqui neste blogue, continuo agora com Alberto Caeiro. E querendo fazer disto uma coisa sequencial acho que não me apetece muito escrever introduções genéricas de cada vez, e apetece-me antes escrever assim, como que de improviso... Até porque já não estou na escola, não faço isto como trabalho de casa, não estou à espera de receber uma avaliação nem de impressionar uma professora. Só estou à espera de escrever só mesmo porque sim, como que para relembrar e quase que para celebrar, agora que já não tenho os mesmos livros de Fernando Pessoa e já nem sequer estou na escola. E quanto a isso talvez o pensamento ocorre-me porque esta coleção de livros em particular, daquele heterónimo que Pessoa considerava o mestre, adquiri-o mesmo antes de começar a universidade, talvez duas ou três semanas antes, e por isso é que eu agora aqui, tão incapaz de pensar numa introdução para este artigo, não penso...

A Minha Interpretação Pessoal de “Ó Sino da Minha Aldeia” de Fernando Pessoa

Escrevi dez artigos sobre o Fernando Pessoa, assim como os seus heterónimos, aqui neste blogue. Escrevi-os porque ainda tinha umas coleções dos seus poemas aqui na minha estante, e portanto achei engraçado folhear e dar uma vista d'olhos pelos meus apontamentos em busca de qualquer coisa para ver o que me vinha à memória com cada página. Nesse sentido sempre foi engraçado, como muitas vezes é, encontrar coisas que já não me recordava de ter escrito, e na tinta de uma caneta que já há muito secou e da qual já me desfiz... E escrevo isto agora porque de uma forma que sempre me fez sentido, a partir de um minimalismo qualquer que às vezes tenho vontade de praticar, a partir de um impulso ao qual não resisti hoje obedecer, também já me desfiz dos livros... Não sei bem porquê, não sei se é sonho, se realidade, mas achei por bem fazê-lo, talvez porque associo aos objetos memórias específicas, e quando vejo que já passou a fase da minha vida à qual as associei, o objeto em si deixa de f...