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Showing posts with the label Nostalgia

Synchronicity Really Is a Strange Thing

I think about these things a lot – coincidence, destiny, luck, all of it. Or maybe I don't think about them all that much but they do come up every once in a while. The weird thing is though, when they do come up, they do so with quite a bit of force. As such it's tempting to think synchronicity really is real, and that all these little details and little moments in our path were placed there specifically for us, kinda like a helpful NPC in a video game, either giving us a nudge towards the right direction or heralding the coming of a great advent, whatever the case may be. Other times though, moments of synchronicity don't seem to mean anything at all, or at least nothing serious comes out of them, and so whatever meaning they do have, it's hard to tell if it is truly there and we just need to find it, or if whatever meaning we do find is nothing more than a made-up thing. In that sense, I suppose, a theory that can't be proven wrong isn't a very good one, and ...

My Personal Interpretation of Robert Frost's “Stopping by Woods on a Snowy Evening”

My favorite portuguese poet of all time is a pretty easy guess, and a man about whom I've written quite a bit already. But maybe my favorite poet of all time is Robert Frost, a man about whom I've written a little bit less but whose work I greatly admire all the same. I read his poems at the tail-end of a pretty horrible summer, which is funny because most of his poems, or at least the most beautiful ones to me, always capture the stark beauty of winter and autumn. My November Guest does so, with the beauty of an autumn day possessing the poet's state of mind, and The Road Not Taken, arguably one of the most recognizable poems of all time, leaving us with that lingering what-could-have-been sensation when we're at a crossroads, but not during a summer as it is so often the case, and as it is so often the case with me, but of an autumn and winter, amidst the yellowing leaves of a nearby woods wherein the poet wrote, or at least came up with, his masterpiece. And now t...

Sete Excertos de “Telémaco”

Se fosse para te falar agora mesmo, o que poderia dizer? Começa pelo início, digo eu a mim mesmo, mas o início é o quê? Não tive uma vida triste mas nunca tive um dia feliz. Procuro pelas minhas memórias mais antigas mas a própria procura escapa-me, e não consigo viajar mais longe do que o início do primeiro semestre. Como é que terá sido esse tempo para ti, pergunto-me... Eu lembro-me de encontrar o sol matinal no meu quarto, quebrado em mil raios pelos ramos de uma árvore à janela cujas folhas verdes assobiavam ao vento. Às vezes esqueço-me de mim próprio antes disso, como se a minha infância não tivesse sido mais do que um sonho, e até custa acreditar que aquele quarto era como que o mesmo que este. Mas aquele dia foi ocasião de estar alegre. O quarto estava vazio de mim mas cheio de possibilidades. Em cima da minha secretária estava um pano esquecido que me fez aperceber de que o quarto tinha sido limpo recentemente, deixando uma nuvem de verniz no ar, um aroma simples e clássico, ...

A Sincronicidade é uma Coisa Estranha

E para além de ser uma coisa estranha é também uma coisa à qual muitas vezes me refiro mesmo sem saber bem o que é... Pelo menos a maneira como várias vezes a ouvi ser definida é essencialmente a ideia de coincidências significativas, ou seja, é uma espécie de meio-termo entre tudo o que nos acontece ser totalmente aleatório, e tudo o que nos acontece ser totalmente predeterminado e sujeito às leis de um destino implacável. Então a sincronicidade seria um bocadinho de cada lado, seria a ideia de que a cada um de nós acontecem coincidências aleatórias que estavam predeterminadas, mas que só aconteceram devido a certas ações específicas, e que em tudo isto somos forçados a escolher que sim ou que não. Isso faz sentido? Eu gosto de pensar que sim mas também me ocorre que não só que não sou bom a explicar isto, assim como também não percebo nada disto. A única coisa que percebo é de que, bem lá no fundo, ninguém gosta de viver com a crença de que tudo o que lhe acontece, de que todos os mo...

Não Consigo Desperdiçar Tempo Como Dantes Fazia

Houve uma altura na minha vida, talvez durante a maior parte da minha vida, em que procrastinar, ou apenas não querer saber do tempo, foi-me um tema recorrente. Tão recorrente aliás que na altura nem me apercebi da sua omnipresença... Era comum passar dias inteiros não só sem fazer nada de especial como também sem sequer ter quaisquer planos para mudar isso. Passava dias e semanas e meses a ler livros que não me interessavam, ou a ver filmes e séries só porque sim, ou a ver vídeos no YouTube sobre coisas à sorte e de certa forma tão estúpidas que às vezes me faziam pensar que já não tinha idade para aquilo. Na verdade, muito mas mesmo muito de vez em quando surgiam-me pensamentos assim, imaginava o que os meus amigos da universidade estariam a fazer da vida e concluía que de certeza absoluta que não estavam a fazer o mesmo que eu, que estavam a construir os seus futuros, uma pedra de cada vez, até que eventualmente obtinham uma independência que a mim me iludia por completo. Mas agora,...